Em 2020, a Cáritas Brasileira celebrou os 40 anos de caminhada da Economia Popular e Solidária como uma de suas linhas de ação. No Regional NE2, algumas atividades comemorativas também foram realizadas, homenageando o tema e os grupos e agentes Cáritas que estiveram presentes ao longo dessa jornada. Nesse sentido, com o propósito de fortalecer esta área de atuação, os seus agentes Cáritas nas entidades membro e os assessores regionais de Economia Solidária, a Cáritas Nordeste 2, através do Projeto Promoção e defesa de direitos na perspectiva da construção de sociedades do Bem-viver, parceria com a Misereor, deu início no dia 19 de maio ao I Curso de Formação Virtual de Multiplicadores e Multiplicadoras da Economia Popular e Solidária.
O primeiro encontro do curso aconteceu através da plataforma Microsoft Teams, e contou com a participação dos agentes Cáritas, assessores regionais, da secretária regional, Neilda Pereira, e de Marcela Vieira, referencial da Cáritas Brasileira em Economia Popular e Solidária. Também estiveram presentes os facilitadores da proposta formativa, os professores universitários Roberto Marinho e Ronalda Barreto, que possuem larga experiência com a temática de EPS no país.
A programação teve início com um momento de mística, onde foi apresentado um vídeo com a canção Ciranda do Bem-Viver, música celebrativa dos 40 anos de EPS na Cáritas Brasileira. Em seguida, Neilda e Marcela deram as boas-vindas aos presentes, destacando a importância dessa iniciativa para toda a Rede Cáritas. “Somos um Regional muito grande, com 04 estados de atuação que ajudaram a construir a história da Economia Solidária no nosso território e também nacionalmente. Mesmo diante da pandemia, tivemos que nos reinventar com criatividade a fim de fortalecer a luta de Paul Singer e Ademar Bertucci, que deram sua vida para que a gente pudesse falar de economia popular e solidária como uma alternativa a esse modelo capitalista ”, destacou a secretária.
Após isso, Bruna Suianne e Maria Aparecida Mafra, da assessoria regional, destacaram os objetivos do curso e fizeram um resgate da história do tema no Regional. “As mudanças rápidas no mundo do trabalho e as perdas de direitos são uma constante no sistema capitalista, deixando à revelia os mais fracos que precisam do apoio e da cooperação solidária para enfrentar os desafios impostos pelo capital. Portanto, a formação permanente contribui para a compreensão do lugar social que os pequenos ocupam neste ambiente desfavorável, organizando-se para produzir, comercializar, construindo novas relações sociais onde a cooperação, a solidariedade e o cuidado com o outro estejam em primeiro lugar”, reforçou Mafra.
Na ocasião, o professor Roberto Marinho fez a apresentação da grade metodológica do curso, que conta com temas como origens históricas e expressões da EPS no contexto do capitalismo, finanças solidárias, comercialização solidária, estudo de viabilidade e planos de sustentabilidade em sua grade. Ao final, o espaço foi aberto para opiniões sobre o material apresentado, além de acordos sobre a execução do primeiro módulo do encontro.
